quinta-feira, 22 de abril de 2010

Le souhaite

Estava à tempos, depois de escrever o último (e primeiro) post, a pensar acerca do que iria escrever. Só me ocorria o tema abordado por todo e qualquer autor, actor, realizador, cantor, etc., ou seja, o amor...! Mas não quero que este seja um diário desenhado por frustrações e desejos de paixão. Para além do mais, não sinto qualquer pontada de amor por algum ser humano existente, pelo menos, no meu diâmetro de vivência (o que, não minto, me satisfaz).
Acabei de ver o filme “Fame”. Okay, aposto que estão a pensar que só escrevo depois de ver filmes. É capaz de ser verdade. Mas não é prepositado. Faz-me sentir bem. Para além disso, eleva-me o espírito e a mente poder escrever acerca do que, incoscientemente, me vai surgindo nesta massa encefálica cinzenta a quedão o nome de cérebro.
(Continuando) Deu-me, então, a vontade repentina de escrever. Bem... acho que estou a conversar comigo própria, e se alguém aparecer para ler o que estou a escrever então que entre calmamente para que eu desabafe tudo sem o medo de ser observada. O ‘Fame’ fez desabrochar em mim talvez o meu mais oprimido desejo interior e que só neste momento consigo partilhar comigo própria. É ele a “dança-cantada”. Não é uma, nem a outra, é a união da dança e do canto que me brilham no olhar. A dança tão bela e livre como uma águia sobrevoando um céu limpo de primavera em tons de azul. E a voz tão serena e poderosa, capaz de adoçar até o mais destemível coração de um guerreiro. Mas os sonhos tratam-se disso mesmo... Sonhos! Não vou dizer que não segui o meu por impossibilidade. Tive a minha oportunidade: frequentei aulas deo Ballet e de danças rítmicas durante um período de sete anos mas, por alguma razão, desisti. A minha mãe, vendo que eu não tinha coragem de estar no palco e de olhar para a câmara, concordou com a minha opção. Mas este sentimento, desejo fugaz e inconstante que surge no meu corpo, vezes sem conta, atormenta-me o espírito, ao mesmo tempo que me eleva, fazendo-me rodopiar no ar em frente à televisão ou em volta dos meus fiéis assistentes, em casa. O que me faz acreditar que “Impossible is Nothing”... Não desisti de ser feliz. Nem pensar! Fui alimentando a minha alma com os estudos até que encontrei um mundo que me irá permitir ajudar aqueles que mais amo na vida, a minha família; é esse o mundo dos números e do ser humano. Ao estudar Gestão de Recursos Humanos numa faculdade excelente e conceituada de Gestão, voltei a concentrar-me nos meus objectivos, alimentando de novo a minha vontade de alcançar sempre mais, aliando a matemática ao contacto inter-pessoal. Agora sei qual é o meu caminho, acabar o curso com boas notas, fazer um estágio, quem sabe em Paris, Suíça ou, até, porque não, viajar até aos Estados Unidos. Depois desse trajecto, será o tempo de decidir em que área fazer o mestrado e, aí, começar a trabalhar e ganhar experiência para um dia ter o meu próprio negócio. Só Deus sabe o quanto agradeço pelas oportunidades, fortuna e boa educação que me deram. Mas se eu pudesse só por um segundo voltar a fechar os olhos. Espera. Fechei-os! Libertei a mente das obrigações e receios... estou a voar, estou a voar tão alto. O chão que piso é oxigénio que me acaricia desde a ponta dos pés até ao fio mais esvoaçante que ondula sobre a minha cara. Inspiro e deixo entrar em mim todo o soro da vida que me percorre, enchendo-me a alma.
Suspiro!
Que bom, voltei a sonhar (a minha alma sorri).

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